sexta-feira, 16 de julho de 2010

O papel dos avós

Eu infelizmente não convive com meus avós, morávamos muito longe. 

Meu pai foi a maior revelação de todos. Um pai calado, de pouco carinho e ausente por conta da responsabilidade de manter uma família. Esse homem de poucas palavras se tornou o melhor avô do mundo. Ele beija, abraça, canta, dança, ensina tudo pra ele. Hoje ele enche os olhos de água quando tem que se despedir do neto. Nunca vi tamanho amor.

Minha mãe não poderia ser diferente, pois ela é do tipo de mulher que nasceu para ser mãe, um anjo da guarda, e se tornou uma avó maravilhosa que faz questão de estar presente em todos os momentos da vida do neto. Respeita a rotina e a maneira como eu o educo. Depois de mim, ela é a pessoa que mais conhece e entendo o Nick. Posso deixá-lo com ela de olhos fechados. Minha mãe é uma avó como a “Dona Benta”.

Por outro lado,

Meu pai mima o Nicholas ao extremo, ele diz que o menino não pode passar vontade (o que sou contra), certa vez eu peguei o Nick jogando coisas dentro do vaso sanitário e ele ria da arte. Ele não gosta que eu dê bronca e o Nick já percebeu que ali ele tem tudo o que quiser. Quando passo mais de 3 dias por lá eu tenho um trabalho danado colocando o Nick de volta nos trilhos.

Minha mãe, apesar de respeitar as minhas decisões e orientações tem a síndrome do coitadinho, o que gera umas briguinhas de vez em quando.

Para mim os papéis de pais e avós são muito distintos e se isso ficar muito claro na família, a criança saberá discernir o que pode e o que não pode.

Na verdade, eu não me importo com essas escapadas, pois o papel dos avôs é o de curtir a criança, de permitir que se coma aquele pedaço de bolo na hora do almoço. O passeio à casa da avó deve ser uma festa para o neto.

O pequeno não deve conviver exclusivamente com pai e mãe, onde tudo é proibido e as regras são, na maioria dos casos, as mais rígidas. A presença dos avôs serve para relaxar pais e filhos.

Quando a relação de vós e netos é regida por essa amizade incondicional, a criança verá essa pessoa como um porto-seguro, uma referência de serenidade e experiência.

Outra função da liberdade permitida pelos avós é aliviar a carga de tensão que existe no processo educacional. Educar não é uma tarefa fácil, nem para os pais, nem para as crianças.

O que sempre deixamos bem claro por aqui é que eles precisam saber que quem tem a palavra final e o poder de decisão somos nós. Conselhos são aceitos, desde que não interfira no processo de educação. O meu NÃO tem que ser respeitado sempre.

Outra coisa que vejo muito por ai é a criança ser mais chegada aos avôs maternos, eu sempre incentivo o convívio com ambas as partes, de verdade, mas a gente acaba ficando mais nos meus pais, e eles nos visitam com mais frequência.

E vocês, como é a relação de seus filhos com os avós e a relação pais/avós?

Um comentário:

  1. Segundo Icami Tiba , não é aceitavel que os avos se metam na educação dos netos .
    Mas sei que isso é bem complicado . Minha mãe mora longe , mas minha sogra , uhhhh essa de vez enquando preciso relembrar quem é a mãe do João sabe ?
    Mas o fato é que devemos seguir o que pensamos , os nossos objetivos com a educação dos nossos filhos e eles PRECISAM respeitar !
    Já estou conseguindo acessar os dois blogs numa boa !!!
    Bjokas imensas

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